Páscoa: o que a Bíblia diz?

A Páscoa tem seu início com a libertação do povo de Israel da escravidão no Egito (c. 1445 a.C). Deus enviou dez pragas para que Faraó deixasse Israel sair do Egito, a décima praga seria a morte dos primogênitos. Na noite em que Deus libertaria Israel da escravidão, ele pede para que cada família matasse um cordeiro sem nenhum defeito e passasse o seu sangue nos umbrais da porta da casa, pois na mesma noite, os primogênitos de todo Egito seriam mortos. Somente nas casas que tinham o sangue do cordeiro na porta não haveria morte. Após a morte dos primogênitos, Faraó deixou o povo de Israel ir. Então, Deus ordenou a Israel que comemorasse a Páscoa todos os anos, como memorial da libertação da escravidão (Êxodo 12.1-28). 
Jesus veio ao mundo muito tempo depois, mas a sua vinda tinha um propósito perfeito. Ele foi chamado por João Batista de “cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29), e não foi à toa. Jesus veio para libertar o seu povo do pecado! A Bíblia diz que o “salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23) e que todos os homens pecaram (Romanos 3.23). Assim, todos estavam debaixo de uma condenação certa, escravizados no pecado, sem nenhuma esperança. Mas Jesus Cristo se tornou homem para cumprir a nossa pena, para sofrer a condenação que era nossa, ele morreu em nosso lugar, pagando nossa dívida (Colossenses 2.14), o que aconteceu em Jerusalém, justamente nos dias da comemoração da Páscoa (Mateus 26.17-74). Isso significa que, na Páscoa, ocasião em que os cordeiros eram sacrificados para a comemoração da libertação do Egito, Jesus, o “cordeiro de Deus” sem defeito, sem pecado, foi morto para libertar do pecado os que creriam nele. O cordeiro e o sangue da libertação do Egito apontavam para o verdadeiro Cordeiro, que é o próprio Jesus, que ao morrer, derramou o seu sangue e libertou, de uma vez por todas, o seu povo do pecado (Apocalipse 1.5).
Assim, biblicamente falando, não há uma páscoa judaica e outra cristã, como se fossem dois memoriais desconectados, pois a páscoa bíblica sempre foi sobre Cristo, o Cordeiro. Considerando a revelação progressiva, a páscoa é uma, sendo instituída como um tipo e uma sombra que apontava para o cumprimento, sendo o Jesus o antítipo. O cumprimento e o antítipo são mais profundos e superiores ao tipo e à sombra. Sendo assim, as alterações na forma e nos elementos centrais do memorial eram esperados, pois são frutos dessa progressão da revelação que envolve elementos de continuidade e descontinuidade. Por isso, na noite de quinta-feira, ao tomar a refeição pascal, Jesus instituiu os novos elementos que representam a libertação, o pão representando o corpo e o vinho representando o sangue de Cristo. A Ceia do Senhor é a nova refeição que representa a Redenção (Mt 26.26-29).
A Bíblia nos diz que “Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado” (2Coríntios 5.7), mas ele não permaneceu morto, ressuscitou, confirmando sua vitória sobre a morte (Mt 28.6). As famílias de Israel que estavam no Egito precisavam crer que o sangue do cordeiro na porta era suficiente para livrar da morte. Assim também nós, precisamos crer que o sangue de Jesus é o suficiente para nos libertar do pecado e da morte (1Pedro 1.19).  A Bíblia diz que "Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus” (João 3.16-18). 
O único caminho para a libertação é o Cordeiro! Jesus é o único caminho (João 14.6), o único mediador entre Deus e os homens (1Timóteo 2.5). Ao crer nisso, comemos do pão e bebemos do cálice na Ceia do Senhor, onde celebramos a Jesus, o cordeiro de Deus que foi morto, mas ressuscitou ao terceiro dia! Creia em Jesus, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! 

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